Conheça alguns sinais que podem preocupar as mamães, mas costumam ser inofensivos
Por Dra Alessandra Bianchini Daud, CRM/TO 2479
Alguns sintomas do início da gravidez podem preocupar qualquer mãe – principalmente as de primeira viagem. E no caso dos bebês da reprodução assistida, as inseguranças tendem a ser aumentadas. Afinal de contas, a mãe já percorreu um longo caminho para realizar o sonho da maternidade e a ideia de algo dar errado depois de receber o Beta HCG positivo é assustadora demais!
A boa notícia é que a maioria dos sintomas, apesar de incômodos, não apresentam risco.
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por uma série de transformações. Primeiro, uma descarga de hormônios que pode acarretar numa série de sintomas no corpo e no emocional. Depois, mudanças físicas que vão muito além de um simples ganho de peso – a gestação provoca uma reorganização dos órgãos internos, muda o centro de gravidade da gestante, e até mesmo alguns ligamentos e articulações ficam mais frouxos no decorrer da gravidez para preparar o caminho para o parto.
Alguns dos sintomas sentidos durante esse processo são mais conhecidos, outros menos. E para que você possa curtir a sua gravidez com mais tranquilidade e menos medo, nada melhor do que conversar (ou ler) a respeito.
Conheça alguns sintomas normais que as gestantes podem experimentar no início da gravidez, e que não são motivo para preocupação:
- Sangramento
Cerca de 6 a 9 dias após o óvulo ser fecundado, acontece a nidação. Trata-se da implantação do embrião no endométrio (tecido que reveste a camada interna do útero). E quando se aconchega lá, é normal acontecer um pequeno sangramento que será liberado via vaginal. Apesar de todas as gestantes passarem pela nidação, nem todas terão esse sangramento visível (e está tudo bem também).
- Cólica
Uma cólica tolerável, semelhante à menstrual, também pode ser notada (principalmente) nas primeiras semanas. Isso acontece devido às mudanças hormonais e físicas pelas quais o corpo da mamãe está passando.
- Fadiga e sonolência
Falta de ânimo, muito sono e moleza no corpo são bastante relatados pelas grávidas. De novo, culpa das oscilações hormonais. Para completar, nesse momento o seu organismo está priorizando o gasto de energia na produção de um novo ser humano! De fato, um trabalho cansativo. Havendo possibilidade, aproveite para ouvir o seu corpo e desacelerar. Gravidez não é doença e você não precisa fazer repouso caso não houver indicação médica, mas conhecer e saber respeitar os novos limites do seu organismo neste momento especial é importante.
- Enjoo ou a ausência dele
Parece senso comum que enjoar na gravidez é normal (e até esperado). Mas você já ouviu algum boato de que se a gestante não enjoa tem algo de errado? Nós viemos te contar que não enjoar não significa nada! Algumas pacientes enjoam, outras não. Esse sintoma não está relacionado com o sucesso da gravidez. Portanto, não há com o que se preocupar.
- Tontura
Esse sintoma pode aparecer por diversas razões: mudanças na pressão arterial durante a gravidez, hipoglicemia (na gravidez o organismo consome mais energia, por isso longos períodos de jejum ou dietas muito restritas não são aconselháveis), as oscilações hormonais, anemia, entre outros quadros.
- Constipação
A prisão de ventre é um problema bem comum no início da gravidez. O maior causador também são as oscilações hormonais. No decorrer da gestação, o aumento do útero acaba pressionando o aparelho digestivo, o que pode acarretar em novos episódios. Mulheres que já sofriam com o intestino preso antes, tem mais chances de ter o sintoma.
O que fazer quando surgirem sintomas incômodos?
Sempre que algum sintoma durante a gravidez te preocupar, não tenha receio de avisar a sua equipe médica. Nada melhor do que o acompanhamento de um especialista para te tranquilizar nesse momento tão importante da sua vida.
A maioria dos sintomas incômodos podem ser melhorados com mudanças de hábitos e, quando necessário, com a ajuda de medicamentos prescritos pelo médico que a acompanha.
Fontes:
Gerare Reprodução Humana
CFM – Conselho Federal de Medicina
SBRA – Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida