Descubra qual é a média esperada da reserva ovariana para cada faixa etária

Por Dra Alessandra Bianchini Daud, CRM/TO 2479
Chamamos de ‘reserva ovariana’ a quantidade de óvulos que uma mulher ainda tem disponível. Isso porque as mulheres já nascem com todos os óvulos que terão ao longo da vida.
Enquanto os homens podem ser comparados a “fábricas” de espermatozoides, já que o produzem por toda a vida, as mulheres são como um “estoque” que armazena os óvulos com os quais nasceram.
Esse estoque, no entanto, não fica disponível para sempre e diminui constantemente. Desde o nascimento, começamos a perder esses óvulos em um processo natural do organismo. E ao passar dos anos, a perda se acentua – impactando na possibilidade de engravidar.
É por isso que, quanto mais jovem, maior a reserva ovariana e, consequentemente, maiores são as chances de engravidar.
A qualidade dos óvulos das mulheres mais jovens são outro fator decisivo para o sucesso da gravidez. A partir dos 35 a 37 anos, em média, as chances de conceber naturalmente diminuem consideravelmente.
Veja, a seguir, uma estimativa da reserva ovariana de uma mulher saudável em diferentes faixas etárias:
- Ao nascer: Cerca de 2 milhões de óvulos
- Na puberdade: Entre 300 e 500 mil óvulos
- Aos 32 anos: Cerca de 120 mil óvulos
- Aos 37 anos: Cerca de 25 mil óvulos
- Na menopausa: Menos do que 1 mil óvulos.
Os números podem parecer altos, mas, deste montante, apenas cerca de 400 a 500 óvulos maduros ficam disponíveis ao longo de toda a vida fértil da mulher. Normalmente, apenas 1 óvulo por mês é liberado.
Lembramos que esses números correspondem a uma estimativa da reserva ovariana de mulheres saudáveis. Para checar a sua reserva ovariana, é necessária uma avaliação individual.

A avaliação da reserva ovariana
A avaliação da reserva ovariana é recomendada em casos de dificuldade para engravidar (até um ano de tentativas sem sucesso para mulheres de até 35 anos, e meio ano de tentativas para mulheres com mais de 36).
Essa avaliação pode ser feita através do exame Anti-mulleriano (AMH), um exame de sangue que estima a quantidade de óvulos que a mulher ainda tem disponível, e de exames de imagem com ultrassom.

Reserva ovariana baixa – o que fazer?
Quando se descobre que a reserva ovariana está baixa para a faixa etária da paciente, podemos oferecer algumas soluções de acordo com o histórico e o desejo da paciente.
Para pacientes jovens, que gostariam de adiar a maternidade, pode ser indicado um procedimento de preservação da fertilidade, o congelamento de óvulos.
Para as pacientes já tentantes, podem ser indicados tratamento de reprodução assistida.
Ficou com dúvidas ou gostaria de checar a sua reserva ovariana e aumentar a sua chance de engravidar no futuro? Entre em contato com a Clínica Gerare.
Fontes: Gerare Reprodução Humana/ CFM – Conselho Federal de Medicina/ SBRA – Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida