Saiba mais sobre a doença que interfere na fertilidade e na qualidade de vida
Por Dra Luciana Reis, CRM 2728/ RQE 1316-1491-1492-2931

O mês de abril é marcado pela campanha Abril Roxo, uma iniciativa em prol da conscientização da adenomiose. Essa doença ginecológica se caracteriza pelo crescimento anormal do endométrio (tecido que reveste a camada interna uterina).
É diferente da endometriose

Enquanto na endometriose os focos de tecido endometrial se espalham por outros órgãos e para fora da cavidade uterina, na adenomiose esse crescimento desordenado acontece por dentro da musculatura do útero.
Essa invasão na musculatura uterina pode provocar um aumento no tamanho do útero, cólicas menstruais fortes, com dores incapacitantes, sangramentos intensos e, em alguns casos, dificuldade para engravidar.
A adenomiose costuma atingir principalmente mulheres na faixa dos 35 aos 50 anos. A doença pode ser acompanhada ou não pela endometriose.
Como a adenomiose afeta a fertilidade?

Por afetar a constituição do útero, a adenomiose pode dificultar a implantação do embrião, aumentar o risco de aborto e de parto prematuro. Além das questões físicas, a doença pode provocar alterações hormonais que também podem atrapalhar a concepção.
Diagnóstico
O diagnóstico da adenomiose é feito por exames de imagem como a ultrassonografia ou ressonância magnética.
Tratamento
O tratamento da adenomiose pode ser realizado com o uso de medicamentos, especialmente os de modulação hormonal. Em alguns casos pode ser necessário um procedimento cirúrgico. O curso do tratamento irá depender da gravidade da doença e do desejo da paciente engravidar.
Engravidar com adenomiose pode ser mais desafiador, mas é possível! Não deixe de procurar ajuda médica especializada para realizar o sonho de maternar.
Fontes: Gerare Reprodução Humana/ CFM – Conselho Federal de Medicina/ SBRA – Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida