Ovodoação: Quem doa e quem recebe?

A dificuldade para engravidar é uma realidade para mulheres com baixa qualidade de óvulos, insuficiência ovariana prematura ou menopausa precoce, idade avançada, pacientes que se submeterem a tratamentos oncológicos ou que não produzem óvulos por algum motivo. O que fazer nestes casos? É possível engravidar? Sim! Uma alternativa viável é a doação de óvulos. Graças a essa técnica, a paciente receptora realiza o procedimento de Fertilização In Vitro (FIV) em que será utilizado o óvulo de uma doadora anônima. A clínica de reprodução humana é a responsável pela seleção da paciente doadora, de preferência com características físicas semelhantes da receptora e com compatibilidade sanguínea. Sendo assim, a doação dos óvulos é um ato voluntário, realizado de forma anônima e sem fins lucrativos. Seguindo a Resolução CFM nº 2.168/2017, do Conselho Federal de Medicina, a doadora deve ter até 35 anos de idade, boa reserva ovariana, não apresentar nenhum histórico de doenças genéticas ou de doenças infecciosas sexualmente transmissíveis. A doação também pode ser compartilhada e, neste caso, ambas (doadora e receptora) desejam fazer um tratamento de reprodução assistida. Geralmente a paciente doadora está com uma causa de infertilidade não relacionada aos óvulos, porém não tem condições de custear todo tratamento da FIV. Tendo isso em vista, ela doa parte de seus óvulos para a receptora em troca do custeamento do seu tratamento. Todo esse processo é intermediado pela clínica. Após a escolha, é iniciada a indução da ovulação para a FIV. A doadora passa por um procedimento com anestesia para colher os óvulos obtidos, que serão compartilhados entre a receptora e a doadora e fertilizados pelos espermatozoides do companheiro de cada paciente. A ovodoação é um gesto altruísta e talvez a única chance de mulheres que não poderiam engravidar e podem viver o sonho da maternidade. Se interessou pela doação de óvulos? Procure uma clínica de reprodução assistida.