Ser mãe aos 40 anos: Quais os riscos?

Embora a mulher de 40 anos ainda seja considerada jovem, independente e ativa no mercado de trabalho hoje em dia, é importante ficar atenta ao tempo do corpo caso pretenda ser mãe, uma vez que a idade reflete diretamente na saúde reprodutiva. Com o passar do tempo, os hormônios sofrem alterações, a fertilidade diminui significativamente e os óvulos e os ovários envelhecem. É um processo natural e, por isso, não é tão fácil engravidar à medida que a idade avança. O declínio da fertilidade é notório a partir dos 35 anos, sendo ainda mais acentuado aos 40 anos. O adiamento da maternidade se tornou um fenômeno comum nas últimas décadas. Dados expressivos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, desde o final dos anos 1990, o número de mães após os 40 anos aumentou em 88,5%. Carreira profissional e pessoal, estudos e casamento tardio estão entre as principais razões que influenciam a mulher contemporânea a engravidar mais tarde. Até a infertilidade pode ser um dos motivos, tendo em vista que nem todos descobrem precocemente. Não há como negar que engravidar nesta faixa etária é mais preocupante e acompanha uma série de complicações, entre elas:
  • Maior risco de desenvolver pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial) e diabetes gestacional;
  • Riscos de malformação fetal decorrentes de aneuploidias (alterações cromossômicas, como a síndrome de down);
  • Maiores chances de aborto e parto prematuro;
  • Mortalidade materna
É possível evitar essas complicações? Sim, com o acompanhamento adequado. Antes de tentar engravidar, é importante conversar com o médico e fazer o diagnóstico precoce para atuar na prevenção de possíveis riscos e garantir uma gestação saudável, sobretudo se existir alguma doença preexistente. A reprodução assistida pode ajudar nestes casos? Na maioria dos casos sim, porém o índice de sucesso dos tratamentos costuma ser mais baixo após os 40 anos. Como a idade é um fator determinante, os desafios existem. No entanto, somente após uma avaliação de um especialista em reprodução humana é possível indicar o tratamento mais eficiente para cada casal.