Útero de substituição

Saiba quem pode se beneficiar dessa modalidade de tratamento da reprodução assistida

Por Dra Luciana Reis, CRM 2728/ RQE 1316-1491-1492-2931

Apesar do nome diferente, você já deve saber do que se trata o “útero de substituição”. Damos esse nome quando outra mulher gesta o seu bebê. Antigamente a técnica era conhecida como “barriga de aluguel”, mas, o nome caiu em desuso porque no Brasil não pode haver ganhos financeiros com a prática. Ou seja, a mulher que gestar concorda em emprestar o seu útero durante (em média) as 40 semanas de gestação, sem receber nada por isso – motivo pelo qual também podemos chamar de “útero solidário”.

Para quem o útero de substituição é indicado?

Famílias que, por qualquer motivo, não podem gestar seus bebês, podem recorrer ao útero de substituição.

Alguns exemplos de impedimento físico para gestar são:

- Miomas volumosos;

- Endométrio fino;

- Outros fatores de comprometimento do útero;

- Quando a mulher não tem mais o útero por ter sido retirado em algum tratamento de saúde.

- Outros problemas de saúde que impeçam a mulher de gestar.

Além dessas questões relacionadas à saúde, o útero de substituição pode ser uma alternativa para casais homoafetivos formados por dois pais.

Quem pode ser útero solidário?

Oficialmente, alguém da família do casal com parentesco de até quarto grau (mãe, irmã, tia, sobrinha, prima).

Se, por acaso, não houver ninguém da família disposta a gestar, mas o casal possui uma amiga que concordou em ajudar, a clínica de reprodução humana pode solicitar uma autorização especial ao Conselho Regional de Medicina (CRM).

Como o procedimento é feito?

A primeira etapa é exatamente igual a uma FIV tradicional. São coletados os óvulos e os espermatozoides dos pais e o óvulo é fecundado em laboratório. Depois, o embrião formado é transferido para o útero solidário ao invés de ser transferido para a mãe biológica do bebê.

Nota importante: A mulher que concorda em gestar não terá nenhum direito ou grau de parentesco com a criança. Ela apenas concorda em ser a primeira casinha do bebê para ajudar o casal que não poderia gerar uma vida da forma tradicional.

Nos casos de casais homoafetivos compostos por dois homens, o óvulo a ser fecundado provém de um banco de óvulos.

Ficou com dúvidas sobre o procedimento? Entre em contato com a Clínica Gerare e agende uma consulta (on-line ou presencial).